Donos de casa de repouso são presos por maus-tratos a idosos em Curitiba
22/09/2025
(Foto: Reprodução) Polícia encontrou alimentos vencidos na casa de repouso
PCPR
Um homem e uma mulher, proprietários de uma casa de repouso, foram presos nesta segunda-feira (22) em Curitiba, por maus-tratos praticados contra idosos e crimes contra a saúde pública. Os nomes deles não foram divulgados.
Segundo a Polícia Civil, a corporação, a Fundação de Ação Social (FAS) e a Vigilância Sanitária, fizeram uma fiscalização no local após receber uma denúncia anônima que relatava que os idosos estavam expostos a condições desumanas e degradantes, com a privação de alimentos e cuidados básicos.
No local, as equipes constataram falta de manutenção da higiene do local, forte odor de urina pela casa e a ausência de capa protetora em colchões e travesseiros usados pelos idosos.
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Na cozinha, a corporação encontrou alimentos vencidos, com mau cheiro ou em estado de putrefação, além de carnes sem identificação de quando tinham sido congeladas.
A equipe verificou também que idosos diabéticos estavam recebendo bebidas adoçadas e que medicamentos vencidos eram armazenados junto a alimentos.
Além disso, conforme a polícia, as rampas e calçadas não tinham fitas antiderrapantes para evitar quedas. A equipe relatou ainda que, em um dos quartos, uma idosa estava dormindo com as janelas abertas, exposta à chuva e ao vento.
Segundo o delegado Hormínio de Paula Lima Neto, o estabelecimento, localizado no bairro Hauer, tinha sido autuado pela Vigilância Sanitária em três ocasiões anteriores e também pelo Corpo de Bombeiros.
"O que presenciamos é um completo desrespeito à dignidade humana e um crime contra a parte mais vulnerável da nossa sociedade. Os fatos descritos na denúncia, e agora confirmados, demonstram uma crueldade inadmissível", detalhou o delegado.
Por conta da gravidade da situação e do risco aos residentes, a Vigilância Sanitária e a FAS determinaram a interdição imediata do local. Os idosos foram transferidos para locais seguros, conforme a Polícia Civil.
A polícia não informou quantos idosos estavam na instituição.
A corporação investiga agora a suspeita de outro local clandestino, propriedade dos mesmos responsáveis.
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